Fato está sendo tratado como acidente; investigação deve ser concluída em 40 dias
Nesta segunda-feira (1º), o clima de tristeza e comoção tomou conta do velório. Familiares da militar e centenas de colegas de farda pediam apuração do fato, apesar de acreditarem que a morte foi uma fatalidade. A prima de Izabelle, Priscila Fonseca Silveira, afirmou que o policial que estava ao lado da soldado no momento do ocorrido contou que a arma disparou acidentalmente em uma curva. Segundo ele, a metralhadora estava posicionada para baixo, entre o piso e o banco traseiro da viatura.
No velório, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcus Pinheiro, afirmou, em entrevista à Rádio Gazeta , que vai aguardar o resultado da perícia e a conclusão do inquérito para saber o que realmente aconteceu dentro do veículo. A expectativa é que toda a investigação seja concluída dentro de 40 dias.
“Foi uma fatalidade que está sendo apurada. É muito cedo para termos alguma conclusão sobre o ocorrido. A perícia foi acionada, a guarnição foi ouvida e estamos abrindo inquérito para averiguar o que realmente aconteceu”, destacou o comandante-geral da PM, destacando que, nesse primeiro momento, o mais importante é dar todo o apoio à família da militar.
“O nosso trabalho é um serviço de risco. Dessa vez, infelizmente, o acidente ocorreu com integrantes da corporação, dentro de uma viatura. Vamos adotar as providências cabíveis para esclarecer os fatos. O importante agora é confortar a família”, destaca.
O secretário Diógenes Tenório também tratou o ocorrido como uma fatalidade. “Aventa-se todas as hipóteses, menos a proposital. É preciso analisar o estado da arma e verificar se houve algum problema técnico, pois se foi isso que ocorreu, é um erro inevitável do qual qualquer pessoa poderia ter sido vítima. É preciso que se apure com todo o cuidado para que a responsabilidade não caia sobre quem não a tem”, afirma.
O caso
A soldado Izabelle Pereira foi atingida, no final da noite do último sábado (30), por 17 disparos de metralhadora dentro da viatura da Radiopatrulha. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesse domingo (31). No total, a arma teria disparado 30 tiros dentro do carro.
De acordo com o coronel Pinheiro, Izabelle estava atuando na RP há três meses.
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